terça-feira, agosto 06, 2013

Crítica: Monomania - Clarice Falcão


Gênero: Folk
Ano: 2013
Comprimento: 35 min
Nota: 9,0
Destaque: As canções Eu Esqueci Você, A Gente Voltou e Oitavo Andar.


Misture Jack  Johnson  com Lily Allen: Bem vindo à Monomania!
Clarice Falcão surpreendeu a todos com Monomania. Que a moça tinha uma voz doce todos já sabíamos afinal, seus momentos musicais no vlog Porta dos Fundos são pouco menos que épicos. Mas sua habilidade de escrever músicas bonitas que talvez te façam chorar e ao mesmo tempo tão engraçadas que colocarão um sorriso em seus piores dias era desconhecida para boa parte do público.
Como a própria Clarice diz na canção Monomania, o CD é cheio de canções compostas para uma pessoa só. E isso fica visível quando uma história se encaixa perfeitamente na seguinte. Clarice tem o dom da comédia que a permite colocar humor até nas músicas mais tristes. Além da capacidade de tocar o coração com suas letras simples e verdadeiras. O que mais me impressionou nas canções completamente folk, foi a maneira que ela encontrou de entrar com situações cotidianas nas letras de modo pouco espalhafatoso, provando que não precisa de palavras grandes e eruditas para compor uma bela música.
Em diversas faixas do álbum ela trata do tema “loucura”. Em mais de uma canção o eu lírico se vê diante de um amor doentio onde seu “parceiro” precisaria se ver obrigado a fugir ou a procurar a delegacia mais próxima. Acredito que esta seja sua maneira de trazer a realidade de alguém que ama demais ainda na pegada do humor.
As canções mais engraçadas do que poéticas não são exatamente o foco de entretenimento desta que vos escreve, mas Monomania conseguiu extirpar de mim um preconceito a um longo tempo adquirido. Recomendo a todos os brasileiros sedentos por música nacional de qualidade e cansados de compositores metidos a Shakespeare. Para todos vocês que estão atrás de entretenimento saudável e livre de politicagem, se joguem em Monomania.

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