segunda-feira, outubro 14, 2013

Resenha: Dezesseis Luas - Kami Garcia & Margaret Stohl

Sinopse: Ethan é um garoto normal de uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos e totalmente atormentado por sonhos, ou melhor, pesadelos com uma garota que ele nunca conheceu. Até que ela aparece...  Lena Duchannes é uma adolescente que luta para esconder seus poderes e uma maldição que assombra sua família há gerações. Mais que um romance entre eles, há um segredo decisivo que pode vir à tona.


~ATENÇÃO: Pode conter spoilers~


Na primeira linha, Dezesseis Luas já me pegou de jeito: é narrado em primeira pessoa por um garoto! Isso vai contra tudo que acreditamos, certo? Ok, brincadeiras a parte, eu fui conquistada pela criatividade nesse caso. A trama do livro é levada praticamente pela nossa protagonista feminina, Lena Duchannes, mas mesmo assim as autoras tiveram a criatividade de nos colocar dentro da cabeça do amável Ethan Wate que é um fofo por quem conseguimos nos apaixonar.

Assim que eu notei que o romance não era o fio condutor da história, me apaixonei de vez. O romantismo está sim presente, mas o conto não é movido por ele. Tudo se move em volta do segredo da família de Lena e dos mistérios da fazenda Ravenwood onde ela mora com seu tio recluso (um dos personagens mais legais do livro). Esse é mais um motivo pra história ser narrada pelo garoto: se pudéssemos ler o pensamento de Lena, metade do suspense iria embora. E Ethan também nos livra de aguentar as inseguranças de uma adolescente apaixonada, o que pode ser divertido quando queremos uma história para nos identificarmos, mas fica chato e cansativo quando a palavra é suspense. Sem contar a possibilidade de ofuscar a genialidade da história da personagem.

O grande mistério é o mais básico numa história onde há vilões e mocinhos numa mesma família (ou seita ou clã, depende do livro): a personagem principal vai para o bem ou para o mal? Não fica exatamente claro se essa decisão é uma escolha ou algo predestinado. Talvez essa tenha sido a intenção das autoras e se foi, palmas para elas, pois conseguiram dar um nó na minha cabeça em algumas partes. Outra coisa que me incomodou foi como as árvores genealógicas me confundiram. Em certo ponto eu me vi tendo que voltar páginas e mais páginas para me situar nos flashbacks (que não são poucos!).

Os personagens secundários foram maravilhosamente bem trabalhados. Desde os poderes de cada um até as personalidades me cativaram e me fizeram querer fazer parte dessa família e ter poderes de conjuradora também. Até personagens que só tiveram uma (sim acredite, só uma) aparição no livro conseguiram deixar sua marca, como o Tio Barclay por exemplo. Meus favoritos foram a sonsa Ridley, Tio Macon, Larkin e o principal Ethan.

Os mistérios e lacunas deixadas em aberto ao longo do livro me lembraram Fallen, mas a maioria das respostas foi dada antes do final, diferente da saga de anjos que te enrola por cinco livros. Quanto à grande pergunta premiada sobre o futuro de Lena, deixo só uma palavra: chocante. A revelação só é dada no último capítulo de forma bem implícita e eu não estava preparada pra ela! Quero os outros livros o quanto antes para saber mais detalhes dessa história intrigante. Agora vamos dar as mãos e rezar para que nos próximos três livros, não encontremos nem sombra do fantasma que aterroriza os fãs de sagas: a enrolação.

O que mais gostei: O universo dos conjuradores criado pelas autoras foi muito bem elaborado.

O que menos gostei: A personagem principal é passiva demais e em alguns momentos o seu pessimismo cheio de "você tem que ficar longe de mim, sou perigosa, mimimi" me irrita.

Nota: 9,5

Um comentário:

  1. Adorei a critica, li o livro, amei e sua critica é construtiva e ao mesmo tempo verdadeira!

    ResponderExcluir