terça-feira, outubro 15, 2013

Crítica: Clichê Adolescente - Manu Gavassi

Gravadora: Midas Music
Gênero: Pop rock
Ano: 2013
Duração: 40 min
Nota: 8
Destaque: As canções Eu Dou Risada e Caminho de Volta


Como uma fã do trabalho de Manu Gavassi (que é sempre injustamente menosprezado) eu posso ser suspeita para falar sobre, mas como alguém que acompanha seu progresso desde 2010 eu posso ter algum crédito. A jovem voltou com seu segundo álbum de estúdio com um estilo quase completamente novo. Há mais do que um simples pop rock em seu som hoje em dia, muito diferente do menos elaborado Manu Gavassi (2010).

Além de um show de produção de Rick Bonadio e de toda a turma do Midas, Clichê Adolescente também traz letras mais maduras, como na música Talvez. Há ironia em algumas canções, demonstrando perda da ingenuidade que conhecemos no primeiro álbum. Na música Eu Dou Risada (desde já declarada como a minha favorita) a melhora não só na letra como também na interpretação da cantora é palpável.

A fofura está presente no álbum sim, na canção Segredo, por exemplo, que ela gravou com o namorado Chay Suede. Há aquele toque especial de Taylor Swift em algumas, como em Caminho de Volta, na melodia e nas "pistas" deixadas ao longo da letra, denunciando pra quem seria a música. Além das baladas tristes de Manu, O Fim, Meio Sorriso e outras, que também cativam. As canções tristes são outro exemplo de amadurecimento da cantora. Agora eu consigo sentir exatamente o que ela sente através das palavras e eu sei que não são situações nem um pouco bobas ou (perdoem-me o uso da palavra) "infantis".

Há diversas influências notáveis no álbum. A cantora declarou que estava escutando muito Mumford & Sons e The Lumineers enquanto trabalhava nele e até que dá pra perceber. Há bastante interferência folk e a pitada do country-pop rock de Taylor Swift que sempre foi uma referência para Manu Gavassi.

Clichê Adolescente merece nota oito pela evolução no quesito geral, mas o amadurecimento da cantora a leva para outros patamares, onde esperamos que ela só continue subindo e alçando voos maiores, pois a partir de agora não vamos aceitar nada menos que esse álbum: profissional.

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