sábado, outubro 19, 2013

Crítica: Girls - Girls


Gravadora: Sony Music
Gênero: Pop/Dance/Teen
Ano: 2013
Comprimento: 47 min
Nota: 7,5
Destaque: As canções Acenda a Luz, 24 Horas e Guerreiras





Um grupo que nasceu de um reality show de música não pode ser logicamente considerado menos que muito talentoso. Então partindo daí, vamos esquecer as vozes maravilhosas e os pulmões alienígenas de Ani Monjardim, Bruna Rocha, Caroline Ferreira, Jennifer Nascimento e Natascha Piva e falar só sobre o álbum homônimo da nova banda.

Assim que fui escutando as primeiras canções eu tive a errônea impressão de que as canções eram "todas iguais". Isso porque ele é recheado de dance e eletro que cativam e te fazem querer pular da cadeira, mas infelizmente deixam a desejar com as letras que parecem não dizer "nada". O hit Monkey See Monkey Do é divertido e fala o básico da adolescência: sair para se divertir com amigas, ir para uma balada, ser uma garota livre. Essa é uma mensagem boa, mas depois da terceira música cansa um pouco. Eu não sou de preferir as canções mais lentas, mas elas roubaram a cena nesse álbum. Acenda a Luz é linda e, junto das outras baladas, traz a tona um lado muito mais bonito da banda Girls, com letras que você consegue de fato acreditar.

O álbum é indiscutivelmente bem produzido, isso ninguém pode negar. Foi um trabalho e tanto. Algumas músicas têm um toque latino-americano divertido, especialmente a animada Ramón. Isso, junto da mistura de português com inglês presente em todo o álbum, transformou o CD em um prato cheio de referências como Jeniffer Lopez e Pitbull. Isso é muito divertido e não existe muito no nosso país ainda, apesar de fazermos parte da América Latina. Nisso o álbum ganhou muitos pontos comigo.

Infelizmente, como em toda boy/girlband, sempre há aquele elemento que se destaca mais. No caso das Girls seria a Jennifer, que está quase sempre no centro e geralmente canta mais partes nas músicas. Não vou entrar no debate de quem canta melhor que quem, apenas comento como achei triste a falta de originalidade dos produtores nesse caso. A triste realidade da vida é que ainda está para nascer uma banda que não tenha um "favorito".

As parcerias do álbum são fortes. Negra Li contribui na maravilhosa Guerreiras, que é uma música que precisa ser ouvida por toda jovem sonhadora do nosso país. Há o jovem MIKA, Suave (ele foi o intérprete do Dogão, quem lembra do cachorrão do rap?) e também Aggro Santos, dando as caras no álbum. Isso tornou tudo muito mais diversificado.

O álbum fica com sete e meio pela sua falta de capacidade de impressionar, mas isso de jeito nenhum desmerece a qualidade das músicas ou o talento notável das cantoras. Fica como recomendação quem precisa de músicas pra dançar até o chão ou agarradinho na balada de aniversário.

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