O Rio de Janeiro ficou em chamas com o
Swagger Jagger de Cher Lloyd!
A primeira passagem da quarta
colocada do The X Factor UK com certeza entrou para a história. Depois de uma
grande confusão no aeroporto em Recife, foi a vez do Rio de Janeiro dar as boas
vindas à mocinha e eu estava lá! Logo de cara, foi tudo dando errado. Os fãs
descobriram o número do voo e o horário de chegada dele no aeroporto Galeão, o
que pode ser muito bom pra nós, mas geralmente é ruim pro artista. Um grupo
razoável (e nem um pouco comparável à multidão de Recife) ocupou o desembarque
e assustou a chegada de Cher. A moça, com medo da confusão da outra cidade se
repetir não achou legal e acabou até chorando! Eu fiquei bem ao lado dela
várias vezes e pude ver como ela estava intimidada com a abordagem dos fãs. Não
aconteceu nada demais, mas os britânicos realmente não estão acostumados com o
“calor” dos brasileiros. Os seguranças mal preparados e rudes também não
ajudaram e um deles inclusive agrediu os fãs e a própria Cher Lloyd com
palavras e gestos. Esse foi o primeiro ponto negativo da organização do Mundo
Show Festival, mas se pensarmos bem não foi exatamente culpa deles. No final
das contas, todos se acalmaram e começaram a cantar e fazer um lindo coro de
Oath, em meio a vários "I'm sorry Cher". Logo ela conseguiu se
acalmar e vários sorrisos e acenos fizeram a felicidade dos brats (nome do
fandom da Cher!). Quando ela se foi, acenando para todos e com um sorriso no
rosto, todo o fandom partiu também. Era hora de morgar na fila.
Chegando no HSBC Arena, a primeira
coisa óbvia de se constatar foi que os ingressos não chegaram nem perto de
esgotar. A fila da pista premium tinha cerca de cem pessoas, a pista comum mais
ou menos trinta e as outras pistas ainda não existiam! Demorou horas até que
uma galera mais ou menos considerável chegasse na porta da casa de show. Eis o
que penso sobre: o Mundo Show Festival tinha tudo mesmo para bombar, mas uma
divulgação pouco eficiente foi o pecado deles. Mas a organização estava mais decente
do que muita coisa que a nossa tão amada e adorada "produtora azul"
fez nos últimos anos. A entrada foi impecavelmente organizada, quase nada
atrasou e a revista foi muito bem feita. Entrando no HSBC Arena, o que se
encontrava eram funcionários calmos e organizados, prontos para dar resposta a
qualquer dúvida dos pagantes. Um ponto fraco foi o fato de que quando entramos,
a passagem de som e afinação dos instrumentos ainda estava rolando. Isso sem
dúvida foi bem chato de aguentar, especialmente para mim que estava nas
cadeiras vermelhas, bem em frente às caixas de som. Demorou bastante, mas
finalmente os shows começaram. E as pistas estavam vergonhosamente vazias. O
problema sem dúvida não foi o preço do ingresso, que estava bem barato. Mas o
problema de divulgação com certeza foi o pecado capital do Mundo Show Festival.
Talvez se eles tivessem conseguido um local menor, como o Vivo Rio ou o
Maracanãzinho, as coisas tivessem sido diferentes. Afinal, a impressão que eu
tive de cima foi que o local estava completamente vazio, o que não pode ser bom
pra um festival.
A atração de abertura foi o Pollo,
animados pela primeira apresentação no Rio de Janeiro. Logo depois veio o
Fresno e então o College 11. Admito que fiquei no facebook o tempo todo e olhei
pra frente poucas vezes. Eu estava lá pela Cher e só pela Cher eu me
levantaria.
No final do show do College 11, o
palco começou a ser preparado para a próxima atração. Levanta cenário aqui,
cola setlist no chão ali e a bateria de Cher entrou no palco! Todos ficaram de
boca aberta quando perceberam que ela não ia fechar o festival! Não demorou e a
pequenininha entrou no palco com um lindo vestido e muito animada em conhecer
os seus brazilian brats! Começando
com a animada Swagger Jagger e
terminando com a revoltada e divertida Want
You Back, Cher Lloyd passou por nós como num piscar de olhos! Todos ficaram
de queixo caído quando ela deixou o palco depois de dez músicas muito bem
interpretadas. Ela foi a atração principal? Sim. Porém o show foi tão curto que
quem se distraiu perdeu! Eu me diverti, dancei e cantei muito, apesar de ser um
show bem curtinho. Ela riu, dançou e se divertiu com as surpresas preparadas
por seus fãs, como as plaquinhas com a letra de sua música e os balões para
determinado momento. Na setlist eu senti falta da minha querida Behind The
Music, mas essa falta foi compensada com as ótimas Playa Boi, Oath e Beautiful People. Até mesmo Over The Moon e Talkin' That que fazem parte da versão japonesa do CD, deixando
todo mundo louco!
Infelizmente, uma hora a
pequenininha teve que ir embora e pegou um ônibus fretado direto para São
Paulo, não dando chance aos fãs que ficaram acampados na porta de seu hotel.
Assim que Cher nos deixou, NxZero entrou fazendo o que sempre fez bem, logo
seguido de Strike. Ambos os shows foram incríveis, animados e muito maiores que
o de Cher. Pois é, queridos brats, ainda não chegou o dia em que teremos um
show só de Cher Lloyd em nossas terras. Vamos torcer para que o amor que
mostramos (mesmo que de uma forma meio torta às vezes) a faça voltar mais e
mais vezes!
Mundo Show Festival
Nota: 8,5
Crítica: Foi até bom demais para
uma primeira edição, comparado ao que passamos com tanta bagunça das produtoras
de hoje em dia. Torço por uma segunda edição mais preparada que continue
trazendo artistas que não interessam às "grandes" produtoras.
Aprovado: Sim!
Nota¹: A música do título é Swagger Jagger da Cher Loyd.
Nota²: Crédito das fotos http://cherlloydbr.com.
Nenhum comentário:
Postar um comentário