sábado, dezembro 21, 2013

Crítica: LiVe - Jonas Brothers


Gravadora: Jonas Brothers Recording (independente)
Gênero: Pop rock
Ano: 2013
Duração: 53 min
Nota: 8,5
Destaque: As canções Pom Poms (live), World War III (live), Wedding Bells e What Do I Mean.


Podem dizer que eu talvez seja suspeita demais para falar sobre Jonas Brothers, mas quem melhor pra avaliar do que alguém que conhece absolutamente tudo o que eles já fizeram?

Após anunciar o fim da banda Jonas Brothers, Nick, Joe e Kevin prometeram dar aos fãs como um presente (ou um pedido de desculpas, como eu interpreto) músicas produzidas por eles de graça. Dito e feito, alguns dias depois o álbum LiVe foi liberado no fã-clube oficial da banda contendo dez faixas ao vivo e cinco versões de estúdio completamente novas. O que me surpreendeu logo que vi o setlist foi que as faixas ao vivo não eram das músicas novas que conhecemos em sua última turnê e sim aquelas músicas dos outros quatro álbuns que todos já conhecíamos. Me perguntei logo de cara o motivo disso. Acredito que novas versões ao vivo de músicas antigas só serviriam pra nós se fossem diferentes de suas versões originais e bem, eles pensaram exatamente como eu.

As faixas ao vivo apresentam algumas diferenças das versões que os fãs estão acostumados. Algumas foram incrivelmente bem trabalhadas e se tornaram outras músicas, como First Time - que conta com lindo solo de Kevin - e Paranoid que ficaram bem menos pop. World War III me lembrou algo que McFly cantaria na época do álbum Radio:Active, se tornando um pouco mais rock. Pom Poms (que já era uma música nova e lançada) se tornou outra coisa. A versão original já é bem divertida e contém um quarteto de metais impressionante, mas essa versão ao vivo mudou até os vocais. A música se tornou mais sexy e o instrumental classe A quase me fez esquecer como a letra é boba. O soul natural da música foi misturado com um pop rock que com certeza fez a platéia dançar e uma pitada de reggae apenas no começo da faixa melhorou tudo ainda mais. A maioria das versões ao vivo soube aproveitar bem o segundo tecladista Marcus Kincy, mas nem tudo são flores, é claro. A participação das backing vocals Paris Carney e Megan Mullins e do violino no palco (também de Megan) é praticamente descartável. E também algumas faixas se tornaram simplórias demais, como Thinking About You e Lovebug (esta última só conseguiu ganhar minha simpatia pela presença das três guitarras no solo do final). Em suma, foi uma boa ideia reunir tantas versões ao vivo com novidades, mas eu mudaria uma coisa ou outra. A melhor parte destas dez faixas é, sem dúvida, a evolução das vozes dos rapazes.

Partindo para as cinco canções novas de estúdio, a coisa muda de figura. Nick Jonas já havia se mostrado um bom produtor musical em inúmeros trabalhos que fez por aí, mas foi sua primeira vez produzindo para os Jonas Brothers e admito que ele merece palmas. Como uma fã, a ideia de ter toda a identidade musical da banda mudada não me agrada, é claro. Mas consegui ter uma ótima impressão das músicas novas e me entristece muito saber que esse é o fim com tanto potencial para um recomeço. Neon é de longe a coisa mais pop que eu já vi. A boa produção, o bom vocal de Joe e a letra divertida me dão impressão de que essa música - extremamente comercial - se sairia bem como single. Found e The World são menos comerciais e menos divertidas, porém lindas demais. The World tem uma pegada funk e Found é um tanto quanto psicodélica, o que poderia atrair um público diferente aos Jonas Brothers. A triste Wedding Bells me impressionou com um instrumental lindo, mas este destoou um pouco da letra depressiva da música. Houve uma boa inserção das cordas, porém tímida. O solo impressionantemente emocionante de Nick assinou embaixo da minha opinião de que essa é a melhor música do álbum, em letra e instrumental. Por último, ficou What Do I Mean que me surpreendeu de tantas maneiras diferentes que chega a ser engraçado. Sinceramente, se eu não conhecesse suas vozes, não acreditaria nem por um segundo que se trata de uma música dos Jonas Brothers. Ela já começa meio obscura e a letra e o instrumental combinam no sentido de ser meio góticos. Uma excelente faixa eletrônica, merece palmas por sua produção. Sua mensagem é um tanto quanto rancorosa e podemos sentir isso através do instrumental. E por fim, há certas metáforas gospel que eu sinceramente não entendi, mas admito que achei divertidas e inusitadas.

Para os fãs, é realmente difícil dizer adeus, mas ao menos ter o contato com um trabalho final tão inusitado nos deixa com água na boca para saber de seus próximos trabalhos solo, que devem nos surpreender ainda mais que esse ótimo álbum.

3 comentários:

  1. concoooooooooooooooooooooooordooooooo com tudo!

    ResponderExcluir
  2. Oi Lyli, não tenho nada contra boy bands, pelo contrário, sou sou totalmente inexperiente no que diz respeito a música.. sou daquelas pessoas que escuto uma música e gosto, mas não sei nem o nome nem quem toca sabe?! Portanto, nem sabia que os Jonas Brothers tinham acabado.. hehe Sabia que já vi o Nick ao vivo, a poucos metros de distância?! Pois é.. um dia, quando teve show aqui na minha cidade, eu estava no shopping, e lá estava ele fazendo compras com alguns seguranças ao redor. Ele é tão baixinho.. hehe Beijos, Mi

    www.recantodami.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Foi em 2011, né? Que legal! Pois é, antes ele era baixinho agora ele tá enooorme hahaha
      Beijos!

      Excluir